Saints Row 4 é o novo game da série de mundo aberto antes produzida pela finada THQ. Cheio de referências e sátiras, o game segue a tradição de loucura interminável dos antecessores e ainda traz melhorias em diversos aspectos. Confira a análise completa:
Presidente em ação
Uma cópia enlouquecida de GTA. Essa era a maneira mais fácil de descrever Saints Row em seus três primeiros lançamentos, que não escondiam as fortes referências vindas da bem sucedida série open world da Rockstar.
O título conta a história de uma invasão alienígena e coloca o jogador no papel do presidente dos Estados Unidos, que faz muito mais do que só dar ordens às tropas. O personagem pode ser personalizado logo no início do game com opções como o sexo, cabelos e cor da pele, além de miudezas como animações de provocação e a voz, onde uma das escolhas é a interpretação de Nolan North, dublador de personagens icônicos como Natan Drake (Uncharted) e Desmond Miles (Assassin’s Creed).
Piadas e super poderes
A grande novidade de Saints Row 4 são as novas habilidades, que tornam o personagem um verdadeiro super herói. Logo nos primeiros minutos de jogo, poderes como super saltos e rajadas de gelo serão desbloqueadas. Apesar de parecerem um pouco fortes demais no começo, o tempo equilibra a força do personagem com a dos inimigos, fazendo do combate algo imensamente divertido e prazeroso.
Seguindo o padrão de mundo aberto, com missões marcadas no mapa, o jogo oferece uma variedade escandalosa de conteúdo, patrocinada pela falta de compromisso com o realismo e seriedade, que são a marca registada da série.
Se jogar em carros, atirar pessoas e veículos pelos ares e correr atrás de robôs são só algumas das bizarras tarefas propostas pelo jogo, que também oferece uma infinidade de missões secundárias opcionais.
O game funciona como uma grande sátira, passando por jogos populares como Call of Duty e Mass Effect até ícones da cultura pop do calibre de Matrix e Armaggedon. São piadas propositalmente toscas, mas que têm lá o seu charme.
Além de armas mais convencionais, como metralhadoras e pistolas, Saints Row 4 trouxe as insanas armas alienígenas, com diferentes e absurdos efeitos. Destaque principal para a inexplicável Dubstep Gun, que faz os alvos dançarem até a morte.
Visual datado e trilha sonora excelente
A jogabilidade é precisa e descomplicada, não criando nenhum tipo de problema para os novos jogadores. Tarefas constantes, como atirar e dirigir carros, funcionam sem grandes problemas.
Na parte gráfica o jogo fica bem abaixo do padrão visto no final de geração. Texturas borradas, modelos simplórios e muito serrilhado são parte constante dos cenários do jogo. O problema, entretanto, é camuflado pelas cores vivas e movimentação frenética.
Os efeitos e trilha sonora complementam o clima de insanidade do jogo. Faixas memoráveis como I Dont’t Wanna Miss a Thing do Aerosmith e What is Love de Haddaway incrementam com maestria alguns dos momentos mais cômicos da história recente dos jogos.
Saints Row 4 ainda trás um modo cooperativo, onde é possível convidar um amigo para o mesmo mapa e jogar uma variedade de desafios desafios. Nada muito profundo, mas interessante o bastante para valer algumas horas com um colega.
Conclusão
Saints Row 4 é um jogo interessante e divertido da sua própria forma, mesmo sem toda a sofisticação de títulos como GTA 5. Com uma esmagadora quantidade de conteúdo e toneladas de referências a grandes filmes e games, o jogo é uma ótima opção para o movimentado "fim de geração".
Postado por
Alexandre Vieira
Apaixonado pelo mundo dos videojogos e principalmente Jrpgs e fã da serie Final Fantasy.